O senador Renan Calheiros (MDB-AL) utilizou o twiter para manifestar sua indignação com a decisão da Justiça Federal no DF de proibir que ele assuma o posto de relator da CPI da Covid-19 no Senado Federal.
Renan Calheiros irá recorrer da decisão.
“A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional. Nada tem a ver com Justiça de primeira instância. Não há precedente na história do Brasil de medida tão esdrúxula como essa. Estamos entrando com recurso e pergunto: por que tanto medo?”, questionou Calheiros.
O juiz da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, Charles Frazão de Moraes, determinou, a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), em caráter liminar que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja impedido de assumir a relatoria da CPI da Covid.
A deputada da tropa de choque bolsonarista cita como base para ação o fato do senador, que é investigado em diversos inquéritos no STF, ser pai do atual governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), o que, segundo ela, seria causa de impedimento na investigação.
Renan Calheiros avalia que por trás do ato está o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
“A decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado. Medida orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho”, sinalizou o senador de Alagoas e ex-presidente do Senado.