Está no ar, nas plataformas de streaming, o primeiro episódio do podcast “Morto pela causa”, sobre a história do procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva – cujo assassinato completará 40 anos em 2022 – e do “Escândalo da Mandioca”. A série contará com seis episódios semanais, sendo realizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e da Fundação Pedro Jorge, com produção da Trovão Mídia. Confira aqui.
O podcast conta a história do passado, de um período pré-democracia, mas também propõe reflexões sobre o presente do combate ao crime e à corrupção no Brasil, explicando o funcionamento do Ministério Público Federal (MPF) e o trabalho da instituição. Os episódios são narrados em primeira pessoa pelo jornalista Tonico Ferreira, que cobriu o caso para a TV Globo. Para retratar a história, foram entrevistados diversos protagonistas da época, membros do MPF, além de familiares e pessoas próximas a Pedro Jorge.
O primeiro capítulo, “O assassinato”, conta com entrevista com a subprocuradora-geral da República aposentada Dalva Almeida, autora do livro “O Escândalo da Mandioca”. O segundo episódio, que será disponibilizado na próxima semana, terá entrevistas dos procuradores da República André Estima (que atua em Serra Talhada) e Alfredo Falcão Jr., chefe das unidades de 1ª instância do MPF em Pernambuco.
O roteiro é de Raíssa Ebrahim e a edição, mixagem e música-tema são de Victor Oliveira. O podcast também contou com a colaboração do Ministério Público Federal na 5ª Região, que disponibilizou trechos do documentário “Pedro Jorge: uma vida pela Justiça”.
O podcast é o início de uma série de homenagens que serão prestadas ao procurador, em lembrança pelos 40 anos de sua morte. Além da série, também estão previstas a inauguração de uma estátua de Pedro Jorge, em frente à Procuradoria da República em Pernambuco, e uma coletânea de artigos, entre outras.
O Escândalo da Mandioca – Nome dado pela imprensa ao caso que virou notícia em todo o país sobre os mais de 300 financiamentos irregulares para o plantio de mandioca, segundo investigação de auditores do Banco do Brasil e do Banco Central. O inquérito policial, com 30 volumes e 240 indiciados, foi distribuído ao procurador da República Pedro Jorge. Entre os envolvidos, figuravam oficiais da Polícia Militar de Pernambuco, um deputado estadual e um vereador de Floresta. No dia 6 de janeiro de 1982, ele ofereceu denúncia contra 19 dos indiciados, que tiveram seus bens sequestrados.
Pedro Jorge recebia ameaças constantes, segundo relato do confidente e amigo de seminário, Dom Basílio Penido. No dia 3 de março de 1982, Pedro Jorge foi assassinado, vítima de seis tiros, quando saía de uma padaria, no bairro onde morava na cidade de Olinda, deixando viúva Maria das Graças Vigas e Silva, e duas filhas ainda crianças, Roberta e Marisa.
Com informações da Ascom/PRR5, ANPR e Fundação Pedro Jorge
Fonte: Ministério Público Federal
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